Oie, meninas! :)
Para nos inspirar, vamos conhecer a história da estudante de psicologia, Nathália Rocha. A moça de 25 anos, pasmem, ainda está na temível transição capilar. Mas, sinceramente, nem parece. O cabelo dela já está lindo!
Acompanhem essa verdadeira lição de superação e autoestima.
DEPOIMENTO:
"Nunca alisei meu cabelo de fato, cogitei a ideia depois de sofrer com piadinhas na escola, e comecei da dar aqueles "sustos" de relaxante na raiz aos 10 anos de idade, raiz que vira comprimento com o tempo e com o cabelo sem definição comecei a fazer permanente afro, gostava de cabelos cacheados, mas aqueles cachos domados, sem textura crespa.
Cabelo cacheado com permanente afro. |
O cabelo ficava do jeito que queria mas depois de uns meses ele quebrava todo e eu tinha que cortar bem curtinho, nunca desconfiei que fosse a química, cheguei a usar complexos vitamínicos achando que fosse minha alimentação, até que comecei a usar tranças pro cabelo crescer de novo mais rápido, porém quando eu tirava, passava permanente de novo.
Por não estar satisfeita com a ultima aplicação, mudei de salão e fiz permanente com outra cabeleireira que terminou por alisar completamente meu cabelo. Minha revolta foi grande, queria raspar a cabeça, queria agredir a cabeleireira.
Cabelo danificado devido ao permanente afro. |
Me olhei no espelho e não me reconheci, me senti agredida, passei alguns dias bem triste...até que decidi nunca mais passar por nenhum procedimento químico, embora nem lembrava mais da textura natural do meu cabelo.
Comecei a pesquisar na internet e achei alguns grupos no Facebook e canais no Youtube falando sobre a transição capilar, processo de aceitação e aí percebi que passei todos esses anos me submetendo a químicas pra satisfazer uma vontade que não era minha, e sim da sociedade, eu queria parar de ser motivo de piada e xingamentos.
Cabelo em transição capilar e danificado pela química. |
Hoje estou há 1 ano e 2 meses em transição capilar, embora algumas pessoas não acreditem por que ele já está formando cachos, porém a textura dos cachos da parte com química é diferente do crespo da raiz, o segredo da definição na transição é muita hidratação, nutrição e reconstrução ( a cada 15 dias). Quando me deparo com as duas texturas do cabelo percebo o quanto me agredi pra tentar ser aceita pelas pessoas. Ainda não fiz o BC porque gosto de me confrontar com as duas texturas e não esquecer jamais de tudo que passei.
Além de me redescobrir como mulher negra, crespa, conheci meninas que hoje são grandes amigas e parceiras em projetos pra apoiar mais meninas que estão na mesma situação.
O momento mais difícil da transição foi aos 6 meses, quando meu cabelo estava muito frágil e caindo muito por "abstinência" da química, achei que ia ficar careca, tripliquei os cuidados com os fios, fazia reconstrução a cada 15 dias e cortava um pouco cada mês pra diminuir a diferença de texturas.
Pretendo fazer o BC final desse ano, é importante que se faça o BC quando realmente me sentir pronta, e não porque todas fazem. Cada pessoa tem seu tempo e sua maneira de lidar com a transição. Já passamos por muitas imposições estéticas, imposição de Big Chop não, né minha gente??
Sobre ouvir piadinhas e xingamentos voltou a rolar depois que tomei a decisão de deixar meu cabelo natural, mas a diferença é que hoje eu me aceito e descobri minha verdadeira identidade, podem xingar a vontade, eu sei quem eu sou, sei que meu cabelo é lindo independente do que a sociedade diga."
Cabelo com 1 ano e 2 meses de transição capilar. |
Gente, que transição capilar é essa? Cheia de belos cachos!
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